Gestão de risco para transportadoras: passo a passo!

Gestores de frota acabam descobrindo da pior maneira que adotar medidas de gerenciamento de risco no transporte é a medida mais eficaz para evitar ameaças, danos e outros prejuízos na operação. 

Se você opera uma frota para dar suporte ao seu negócio, ou se a sua frota é seu negócio principal, sabe que a verdade é uma só: cada viagem é uma atividade repleta de riscos. 

No artigo de hoje vamos te dar dicas para colocar ações de gerenciamento de risco no transporte hoje mesmo!

Índice:

  1. O que é gerenciamento de risco no transporte de cargas?
  2. Como funciona o gerenciamento de risco? 
  3. Abordagens utilizadas na Gestão de Riscos no Transporte
  4. Quais são os riscos mais comuns no transporte?
  5. Como mapear os riscos e evitar prejuízos, na prática?
  6. Quais os benefícios do gerenciamento de risco para sua frota?
  7. Conclusão: O Gerenciamento de Risco no Transporte é vital para a sua operação

O que é gerenciamento de risco no transporte de cargas?

O gerenciamento de riscos no transporte consiste num modelo que utiliza estratégias, ferramentas e processos para minimizar ou eliminar os riscos de transporte. 

Isso envolve identificar, analisar e controlar o risco associado à carga no serviço de transporte, mas também pode envolver setores como logística e cadeia de suprimentos. 

O gerenciamento de risco no transporte é importante, pois o impacto de uma perda de carga no ambiente de negócios competitivo de hoje vai além do valor que pode ser recuperado através do seguro.

Alguns exemplos de riscos de transporte são atrasos por falta de mão de obra, perda ou roubo de carga, documentação incorreta, danos à carga e falta de seguro adequado. 

Portanto, é justamente para reduzir esses riscos que as empresas implementam estratégias e procedimentos de gerenciamento de risco de transporte.

Como funciona o gerenciamento de risco? 

A gestão de riscos pode não ser a mesma para todas as empresas. Existem, no entanto, elementos fundamentais que toda organização de transporte deve implementar. 

Algumas recomendações úteis para gerentes de frota que buscam, então, reduzir o risco inerente ao setor de transporte incluem:

  • Desenvolver suporte executivo; 
  • Definir uma liderança para além de responsabilidades organizacionais; 
  • Formalizar as ações de gerenciamento de riscos no transporte usando uma abordagem holística; 
  • Usar essa gestão para rever políticas, processos e padrões existentes; 
  • Identificar os responsáveis e gerenciar os riscos no nível apropriado; 
  • Empregar ferramentas tecnológicas sofisticadas de análise de risco, mas comunicar resultados de forma simples.

Abordagens utilizadas na Gestão de Riscos no Transporte

A abordagem utilizada no gerenciamento de risco no transporte trata-se, então, do método adotado pelo gestor para identificar e reduzir os riscos inerentes ao transporte de cargas.

Não existe um modelo padrão, mas como gestor é sua missão definir qual delas se encaixa com sua operação.

Entre as principais abordagens de gestão de risco no transporte, estão:

1. Modelo do Queijo Suíço

Já falamos sobre este modelo em outro post. Trata-se de uma abordagem que presume a existência de vários erros menores, frequentes e que colaboram para um acidente maior.

2. Pirâmide de Frank Bird

É uma ferramenta que se baseia na análise por indicadores, onde a frequência de um comportamento de risco leva ao incidente.Também já falamos detalhadamente sobre a Pirâmide de Frank Bird em outro post.

Quais são os riscos mais comuns no transporte?

Em geral, os principais riscos inerentes ao transporte de cargas referem-se à ameaça ou probabilidade de perda, responsabilidade, lesão e dano.

Todos eles podem ser evitados ou reduzidos caso sejam implementados procedimentos de segurança adequados. 

Entre os principais riscos relativos ao transporte de carga rodoviário estão:

1. Veículos sem manutenção regular

A falta de manutenção regular talvez seja o fator de risco mais simples de evitar, já que só exige mais organização dos gestores. Dessa forma, optar por um processo automatizado e com a participação dos motoristas pode ser a solução mais viável.

2. Roubo de mercadorias

Quem trafega pelas estradas brasileiras sabe que o risco de roubo de mercadorias é uma realidade. 

Somente em 2021, foram registradas 14.400 ocorrências, o que representa um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior, segundo dados da NTC&Logística.

Mas esse é um risco que pode ser amenizado com a contratação de um seguro de carga, além de estudo prévio sobre as rotas mais seguras para os motoristas.

3. Irregularidades fiscais

As irregularidades fiscais podem representar multas e até apreensão da  mercadoria. 

Por esta razão, é necessário cuidar da documentação e estar atualizado sobre as legislações vigentes para o transporte. 

Assim, é importante fazer o básico, como conferir se o veículo segue viagem com os documentos obrigatórios para o transporte de cargas, como no caso do CIOT, CTe e MDFe, por exemplo.

4. Baixa qualidade das rodovias

As condições das estradas representam riscos principalmente para veículos pesados, que estão mais sujeitos a danos e acidentes em rodovias mal cuidadas. Além disso, essa situação também pode contribuir para episódios de estresse entre os motoristas que lidam com o problema.

5. Atrasos na entrega

Os atrasos na entrega impactam diretamente na reputação da sua empresa. Por essa razão, são considerados um fator de risco para o transporte. 

Para evitar, é aconselhável que o cliente consiga acompanhar o trajeto de forma automatizada e que você tenha dados sobre o posicionamento do veículo e status da entrega em tempo real.

6. Baixa Qualificação

Envolve a  falta de habilidade ou de treinamento do colaborador para lidar com as situações. 

A falta de qualificação pode ocasionar danos graves na sua operação, como acidentes decorrentes devido à falta de experiência no volante, danos às mercadorias durante o manuseio e lapsos durante a entrega de documentos. 

Pode ser amenizado com a oferta de treinamentos e reavaliação do processo de contratação, junto ao RH.

7. Segurança da Carga

Roubo de carga e extravios são comuns nas estradas brasileiras, sobretudo em estados com altos índices de criminalidade. 

Os prejuízos para a sua frota são seríssimos! 

Por isso, é prudente adotar medidas para inibir a ação de criminosos, como instalação de sensores, ferramentas de rastreamento dos veículos, além de seguros para a sua carga.

8. Acidentes de trânsito

Os seus colaboradores seguem os padrões de segurança estabelecidos, ou nem mesmo existe um padrão na sua empresa? 

Os riscos ligados a comportamentos negligentes por parte dos colaboradores podem levar a acidentes graves, comprometendo não só a sua carga, mas a integridade dos seus colaboradores.

Como mapear os riscos e evitar prejuízos, na prática?

Você deve estar se perguntando: “ok, mas como eu posso mapear e corrigir estes erros, na prática?”

O gerenciamento de risco no transporte é um processo contínuo que deve estar sempre ativo na sua operação.  Dito isso, conheça as principais ações que podem ser realizadas dentro de uma estratégia de gestão de riscos:

1. Revise as documentações

Quantas multas ou apreensões poderiam ser evitadas com uma simples revisão de documentos antes das viagens? Uma prática padrão para identificar riscos é revisar documentos relacionados aos veículos da frota para verificar se está tudo em dia. 

2. DDS na gestão de frotas

Uma simples conversa diária, antes do expediente, pode ajudar a evitar comportamentos de risco entre os motoristas. Por isso, considere adotar o Diálogo Diário de Segurança (DDS) com os seus condutores.

3. Utilize um Sistema de Gestão de Frotas

Vale sempre lembrar: um sistema de gestão de frotas permite um amplo controle sobre a sua operação em tempo real, além da análise de dados e alertas, no caso da troca de pneus e manutenções agendadas.

4. Organizar seguros sob medida para suas cargas

Para qualquer contrato firmado entre uma operadora de transporte e seu cliente, você deve entrar em contato com a seguradora para providenciar soluções de cobertura sob medida para a carga em questão.

Quais os benefícios do gerenciamento de risco para sua frota?

Embora o gerenciamento de riscos não possa eliminar todos os riscos de transporte, pode reduzi-los significativamente, o que gera impactos positivos para toda a operação.

Dessa forma, quando você minimiza os riscos de transporte, é provável que sua carga chegue ao destino com segurança, eficiência e pontualidade, melhorando a percepção do cliente.

Para os veículos, implementar uma gestão de risco no transporte garante melhores condições de circulação e aumenta a vida útil, eliminando gastos desnecessários com manutenção.

Enquanto isso, os motoristas são diretamente impactados pela gestão de risco, visto que todas as decisões tomadas auxiliam no bem-estar durante a jornada de trabalho.

Conclusão: O Gerenciamento de Risco no Transporte é vital para a sua operação

Como vimos neste artigo, o gerenciamento de risco deve ser uma política implementada na sua operação de forma recorrente e ele deve ser baseado em dados. 

Com dados precisos, confiáveis ​​e abrangentes, você obtém uma visão clara das vulnerabilidades de toda rede de transporte. 

Sem isso, você terá uma gestão apenas reativa. 

Os dados permitem que você seja proativo para minimizar o impacto dos riscos ou evitá-los completamente. 

Assim, definir uma abordagem que envolva todos os colaboradores é o ponto de partida. 

Mas, como gestor, é sua função cuidar das atividades que envolvem o gerenciamento de riscos e definir as ferramentas necessárias para o gerenciamento.

Gostou das nossas dicas sobre gerenciamento de risco no transporte? Conheça a solução da Sofit que incorpora a telemetria e oferece aos gestores de frota uma visão ampla e precisa de toda a operação!

O site da Sofit
está de cara nova!

Agora contamos com um portal exclusivo, com conteúdos completos para você, gestor(a) de frota!
 
Ah, e fique tranquilo! Você ainda poderá conhecer mais sobre o sistema da Sofit e entender como digitalizar a sua gestão de frotas.